Um posição elementar neste quadro:
Trabalhadores da Auto Europa, Motoristas de Matérias Perigosas, Professores e Bancários contra o aumento dos preços exigem medidas:
"Contra os Aumentos de Preços, o Governo tem que tomar medidas
O aumento brutal de preços tornou insustentável a vida das famílias que vivem em Portugal. Todos os dias o salário real, cada vez mais baixo, é engolido pelo disparar de preços.
A guerra na Ucrânia provocou em todos os trabalhadores um sobressalto de indignação. Porém, a guerra, como antes a pandemia, não são justificação para o que se está a passar.
É intolerável que sejam os trabalhadores que auferem baixos e médios salários a suportarem este declínio na qualidade de vida, quando os lucros das corporações e grandes empresas não param de disparar.
O Governo de cada país é responsável. Ao Governo português exigimos medidas.
O preço do trigo já disparava 20% antes da guerra. Quando os preços sobem sem haver qualquer aumento significativo dos custos de produção, nomeadamente dos salários dos trabalhadores envolvidos na produção, a subida de preço representa lucros extraordinários para os investidores, os detentores das acções destes sectores, os especuladores, os açambarcadores e os intermediários.
O governo tem de confiscar a totalidade dessa diferença, desses super-lucros.
Longe disso, ainda vemos anunciados apoios do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) ao tecido empresarial provenientes da chamada 'bazuca' europeia.
Medidas como vouchers e reduções dos impostos só servem para não tocar nos super-lucros e depois justificar ainda mais degradação dos serviços públicos "por causa do défice". Pagamentos pela segurança social como o sistema de layoff na pandemia, põem os trabalhadores a pagar os seus próprios salários e põem em causa as reformas futuras. São os lucros que têm de pagar esta crise. O Governo não decreta o congelamento de preços porque isso implica expropriar parte dos lucros? Mas é isso que tem que ser feito! Medidas assistencialistas, como vouchers e layoffs, vão significar aumentos da despesa sem aumento da receita, dando azo e pretexto para destruir ainda mais o SNS, o ensino público e a segurança social. São mais impostos encapotados sobre os trabalhadores.
Tão pouco aceitamos que a pandemia seja responsável pela crise. O desgaste da segurança social nesses 2 anos podia ter sido pago pelos lucros extraordinários de laboratórios, supermercados e outros sectores que viram os seus lucros disparar.
Segundo dados deste ano, 50% dos portugueses, mesmo trabalhando, são pobres, não auferindo rendimento adequado. Não aceitamos que o Governo continue a massacrar quem trabalha.
A guerra não é responsabilidade dos trabalhadores. A solidariedade é um valor cimeiro. Condenamos a invasão da Ucrânia. Mas não aceitamos que se chame solidariedade à especulação e lucros. O Estado português decidiu envolver-se na guerra, o governo enviou armamento para a Ucrânia e tropas para a frente da NATO na Europa de Leste sem consultar a população. O Governo não diz que sectores do OE vão ser penalizados nem quem vai pagar este "esforço militarista". É inaceitável que os custos da guerra sejam tratados como efeitos colaterais a suportar por quem trabalha. Os impostos devem servir para suportar e garantir um SNS e ensino público de qualidade, as contribuições para a segurança social são o nosso salário diferido, as nossas reformas, não podem ser desviados para alimentar a corrida aos armamentos e a guerra.
STASA - Sindicato dos Trabalhadores Sector Automóvel
SNMMP - Sindicato Nacional Motoristas de Matérias Perigosas
Mudar Bancários
STOP Sindicato de Todos os Professores"
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