Acabo de receber o relatório Oxford-GlobeScan Corporate Affairs Survey 2024, do qual tenho orgulho de participar como respondente da América Latina desde 2020. Este estudo é uma ferramenta valiosa para compreender os riscos e desafios que os profissi…  | Por Arthur Wittenberg em julho 29, 2024 | Acabo de receber o relatório Oxford-GlobeScan Corporate Affairs Survey 2024, do qual tenho orgulho de participar como respondente da América Latina desde 2020. Este estudo é uma ferramenta valiosa para compreender os riscos e desafios que os profissionais de assuntos corporativos e relações governamentais antecipam para o próximo ano. Principais insights para profissionais de Corporate Affairs e RIG: - Geopolítica no topo da agenda: pelo terceiro ano consecutivo, os riscos geopolíticos são a maior preocupação. A guerra na Ucrânia, tensões Leste-Oeste e o conflito no Oriente Médio solidificaram essa posição. Isso ressalta a necessidade de desenvolver competências em análise geopolítica e construção de cenários. Os profissionais de Relações Internacionais têm sido valiosos para recrutamento e seleção para essas posições (fica a dica!).
- Aumento do populismo político: quase metade dos profissionais vê o populismo como um risco muito alto para os negócios. Isso exige estratégias mais sofisticadas de engajamento com stakeholders governamentais e sociais.
- ESG como prioridade contínua: mudanças climáticas, governança, ética, inclusão e diversidade permanecem centrais. A adaptação climática e a transição energética são vistas como grandes oportunidades, apesar dos desafios.
- Engajamento corporativo em questões políticas: empresas estão adotando posturas mais ativas em temas como meio ambiente, questões sociais e governança. Isso demanda habilidades aprimoradas em advocacy e capacidade de análise macrossocial.
- Evolução da função de Corporate Affairs: o gerenciamento de stakeholders é a responsabilidade de crescimento mais rápido na área, enfatizando a importância da gestão de riscos reputacionais.
Implicações para a prática profissional: - Desenvolver expertise em análise geopolítica e construção de cenários (eu utilizo e ensino nas aulas o método OSPA - Oxford Scenário Planning Approach)
- Aprimorar estratégias de engajamento com stakeholders diversos (vá além da matriz poderXinteresse!)
- Integrar ESG de forma mais profunda e técnica nas estratégias corporativas
- Fortalecer capacidades de advocacy e diplomacia corporativa
- Aperfeiçoar habilidades de gestão de riscos reputacionais
Como observei em 2020 (https://wp.me/pca6WI-9J), corporações com melhor reputação têm mais poder de influência, a geopolítica demanda atenção constante, e corporate affairs é uma função em ascensão nas empresas. Essas tendências se intensificaram, reforçando a importância estratégica da nossa área. Convido os colegas a compartilharem suas percepções sobre esses desafios e como estão se preparando para enfrentá-los.  Oxford-GlobeScan Global Corporate Affairs Survey 2024, p.17
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