Putin é o líder de um Estado expansionista, a braços com uma crise económica, inserido numa possível nova aliança com a China, e a tentar fazer frente aos seus conflitos internos, acabou de esmagar a revolta do Cazaquistão, a que o Ocidente chamou, lembram-se? "pacificação" congratulando-se com o esmagamento da revolta (não é preciso ser historiador, foi há poucas semanas). Mas, o novo herói da propaganda de guerra no Ocidente é o Presidente da Ucrânia, que obrigou todos os jovens e homens com mais de 18 anos a ficar na Ucrânia e se propõe distribuir-lhes cocktails Molotov. Não há nada de cómico aqui, se fossem vossos filhos não temeriam em usar a palavra "criminoso", que faz dos homens carne para canhão dos conflitos geo-políticos, que são sempre a expressão dos conflitos económicos. Nenhum homem em circunstância alguma deve ser obrigado a ir para a guerra, muito menos para defender algo chamado "pátria", o eufemismo para minérios, gás, petróleo, e força de trabalho.
Putin prepetrou uma invasão que não tem qualquer legitimidade possível. Os ucranianos devem decidir livremente os seus destinos (e decidir não é ser obrigado a morrer na guerra). O projecto neo-czarista da Rússia parece claro - por isso Putin disse claramente antes da invasão que rejeitava a herança bolchevique de auto determinação dos povos. Mas fazer do Presidente da Ucrânia, que levou o país para o colo da NATO e se calou (ou colaborou) com a oposição fascista interna, e que, agora, surpreso com as consequências, impõe a obrigatoriedade da guerra aos seus homens, sob gritos patrióticos, com cocktails Molotov nas mãos é brincar connosco.
Aproveito para perguntar aos entusiastas de uma resposta militar da NATO - que se provou com esta estratégia de cerco ser uma ameaça à paz também (se alguém tinha dúvidas ainda) - se estão dispostos a mandar os vossos filhos para lutar ao serviço da NATO ou se só querem mandar os filhos dos outros? Os exércitos profissionais, nomeadamente o norte-americano, cheio de negros e hispânicos pobres, são esses que vão para lá defender a Ucrânia ou são os vossos filhos, caros defensores da intervenção da NATO?
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